1ª Semana de Automação: apresentação de projetos inovadores e debate sobre tendências

Um robô capaz de interagir e reproduzir expressões humanas, podendo ser utilizado como ferramenta de ludoterapia para crianças diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista ou câncer; um protótipo mapeador de rios e lagos; um limpador automático que pretende facilitar a limpeza de vidros e janelas em locais de difícil acesso; um jogo de xadrez comandado por voz, podendo ser utilizado por pessoas com perda da mobilidade de membros superiores, tornando-se uma ferramenta de inclusão social.

Esses foram apenas alguns dos 12 projetos apresentados por alunos dos terceiros anos do curso técnico integrado em Automação Industrial do Campus Ouro Preto durante a 1ª Semana de Automação Industrial. As apresentações são uma oportunidade para que os estudantes apresentem os trabalhos desenvolvidos ao longo do semestre, utilizando o conhecimento adquirido durante todo o curso. A atividade é orientada pelos professores Sílvia Almeida e Paulo Pinto, por meio da disciplina Projetos de Automação.

A estudante Júlia Gonçalves explica que os projetos deveriam ter um caráter social, atendendo a demandas diversas da sociedade. Para isso, seu grupo inovou ao criar novas possibilidades para um robô já existente, conferindo-lhe mais funções que o mero entretenimento. Ela e mais três colegas desenvolveram, então, o Casey, uma cabeça robótica interativa voltada para o público infantil. “Foi interessante desenvolver o projeto, pois aplicamos o que aprendemos durante os três anos do curso. Conseguimos trabalhar em equipe e ter novas experiências, tanto com o grupo quanto com os professores coordenadores, que nos auxiliaram no decorrer do projeto. Pesquisando mais a fundo descobrimos várias situações em que nosso robô poderia ser útil às pessoas, como crianças com autismo ou câncer. Descobrimos, por exemplo, que crianças com autismo possuem certa dificuldade de expressar emoções e perceber algumas reações. Verificamos que o robô, ao reproduzir as expressões da criança, pode, de fato, ajudá-la”, conta.

Para Sílvia Almeida, professora do curso, a troca entre os alunos do ano final com os alunos dos primeiros e segundos anos é muito importante para motivá-los a fazerem mais e bem feito. “Mais importante ainda, fazer com que saibam que podem construir de fato algo com os conhecimentos que adquiriram ao longo de suas vidas. Acho bacana porque a gente percebe que todas as equipes tiveram problemas de relacionamento e eles souberam vencer estes problemas e fechar um produto. Ao apresentar seus trabalhos e protótipos funcionando, eles tiveram que passar por situações como cumprir prazos, lidar com o medo ou a timidez de falar em público e de se expor, situações que não são passíveis de se ensinar dentro da sala de aula”, ressalta.

A professora também avalia positivamente os temas abordados nas palestras e mesas-redondas. “Muita coisa dita foi importante para o realinhamento das nossas posturas e conhecimentos na disciplina de Projetos de Automação e outras tantas. Ter aqui empresas privadas, trabalhadores de tecnologia que atuam na região de Ouro Preto foi algo realmente ímpar”.

Não perca!

Acompanhe, nas próximas semanas, um especial que irá apresentar cada um dos projetos desenvolvidos e apresentados pelos alunos na Semana de Automação Industrial.