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Autoavaliação Institucional 2019: resultados, perspectivas e próximos passos

publicado: 10/03/2020 12h06, última modificação: 10/03/2020 12h09
CPA 2019

De 1º de agosto a 30 de setembro de 2019, foi realizada, em todo o IFMG, a Autoavaliação Institucional, por meio questionário disponibilizado a alunos, servidores e comunidade externa. Importante ferramenta de autoconhecimento institucional, a avaliação integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), sendo capaz de fornecer subsídios (em suas dimensões política, acadêmica e administrativa) para o aprimoramento da qualidade da gestão, do ensino, das atividades de pesquisa e extensão, bem como para as revisões necessárias do PDI.

 A partir desta semana, a comunidade acadêmica poderá acompanhar a divulgação, em seções, do Relatório Parcial elaborado pela CPA local do Campus Ouro Preto referente à avaliação realizada em 2019. Os interessados também podem baixar a versão completa do documento no site institucional.

Ferramenta de gestão

A autoavaliação é também considerada um mecanismo de auxílio aos gestores, para que conheçam o panorama das condições em que a instituição se encontra, destacando fragilidades e potencialidades e indicando rumos para as melhorias necessárias. Para o diretor-geral do Campus Ouro Preto, Reginato Fernandes, "avaliar" compreende, ou deveria compreender, a ação balizadora de qualquer planejamento de gestão. "A avaliação institucional, tendo em vista a sua proposta de capilaridade em todos os segmentos da comunidade escolar representa, neste contexto, uma ferramenta importante para compreender a instituição pelas percepções e vivências dos seus sujeitos. Isto posto, as ações de gestão devem ser planejadas em consonância com os resultados da avaliação institucional", afirma.

Eixos e dimensões

De acordo com o SINAES, há um total de dez dimensões a serem avaliadas. O relatório global de autoavaliação é composto por três etapas, sendo cada uma delas correspondente a um ano do triênio 2018-2020. Para cada etapa, organizaram-se as dimensões, com seus respectivos eixos a serem analisados, para que ao término de três anos todas as dimensões previstas tenham sido avaliadas. Dessa forma, o relatório geral do IFMG será constituído por relatórios parciais.

Em 2019, a comunidade acadêmica teve a oportunidade de avaliar os eixos de infraestrutura e de políticas acadêmicas. O questionário disponibilizado apresentou questões abrangendo as seguintes dimensões: políticas para ensino, pesquisa, pós-graduação e extensão; comunicação com a sociedade; políticas de atendimento aos estudantes; e infraestrutura física

Participação e resultados

Participaram da autoavaliação no Campus Ouro Preto um total de 476 respondentes. Segundo o relatório elaborado pela CPA local, um dos fatores limitantes que pode justificar a baixa adesão foi o período de 20 dias de férias escolares durante o período de aplicação do questionário. Para o diretor-geral, a baixa participação cria, do ponto de vista de gestão, uma lacuna interpretativa que deve ser avaliada com atenção no tocante à representatividade dos resultados para a instituição. "Um ponto a destacar sobre este relatório, bem como o histórico da CPA, é a participação da comunidade. A nossa melhor participação está no segmento técnico, onde 40% da comunidade opinou, seguida pelos docentes, com 28% de participação e, por fim, dos discentes, com apenas 15%. Entretanto, ressalta-se que esses 15% representam quase 75% do conjunto efetivo das participações. Questionemo-nos: porque uma ferramenta de diálogo tão importante para a comunidade não alcança bons patamares de participação? Não é uma resposta simples, mas entendemos que a utilização desta ferramenta para a gestão já será uma ação importante para colocar a importância do trabalho e dos resultados desta avaliação institucional”, analisa.

Reginato Fernandes aponta, ainda, dois outros pontos que merecem atenção especial: o alto índice de desconhecimento acerca dos documentos internos do IFMG e a baixa percepção em ações de combate à evasão e à promoção do êxito escolar. "Em relação aos documentos internos, temos consequências acumulativas deste desconhecimento, tendo em vista que por eles permeiam os princípios regulamentares da Instituição. Deste modo, é preciso que a comunidade seja colocada mais em contato com tais documentos e possam contribuir, inclusive, na (re)construção dos mesmos. No tocante à evasão e à promoção do êxito escolar, peço a licença para inverter um pouco o olhar do questionamento apresentado pela CPA e pensar em política de permanência, em detrimento à evasão. Reflitamos: um número elevado de servidores e discentes não tem a percepção sobre as ações de permanência dos nossos discentes. Neste caso, tratam-se somente de percepções?! Enfim, evitarei entrar nos méritos, mas sim nas propostas de reflexões que o relatório da CPA nos traz".

Próximos passos

Considerando a importância do trabalho da CPA e dos relatórios de autoavaliação institucional como ferramentas de diagnóstico e de compromisso coletivo, a Direção pretende, inicialmente, fomentar e ampliar a participação da comunidade escolar nessa ação. "Com essa participação mais efetiva, entendemos que os resultados representarão cenários mais concretos e assim possam, mais categoricamente, serem incorporados ao Plano de Ações Institucionais (PAI), que apresentaremos como outra ferramenta de gestão. É nítido que as duas podem e devem ser complementares. Ainda assim, mesmo com uma participação ainda restringida da comunidade, os dados históricos da CPA já sinalizam ações importantes que serão incorporadas às nossas ações", afirma o diretor-geral.

 

Confira, nas próximas semanas, as seções de divulgação do Relatório Parcial de Autoavaliação Institucional de 2019.