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Café com Pesquisa – Entrevista com o professor Régis Martins

por Tatiana Toledo publicado: 12/12/2025 09h18, última modificação: 12/12/2025 09h18

O “Café com Pesquisa – Entrevistas” retorna com mais uma trajetória de quem impulsiona a produção científica no Campus Ouro Preto. Hoje, trazemos a entrevista com o professor Régis Eduardo Martins, doutor em Arquitetura e Urbanismo pelo NPGAU/UFMG (2021), mestre em Educação Tecnológica pelo CEFET-MG (2013) e especialista em Gestão do Patrimônio Histórico e Cultural pela UFMG (2011). Graduado em Tecnologia em Conservação e Restauro pelo IFMG (2010), ele integra o quadro docente do campus desde julho de 2023, atuando na Especialização em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural e no curso de Tecnologia em Conservação e Restauro, do qual é coordenador.

Pesquisador dedicado ao estudo da casa corrente luso-brasileira, especialmente no contexto mineiro, elaborou a tese “A Casa Corrente Luso-Brasileira em Minas Gerais: Releitura sobre a casa urbana das regiões de Vila Rica e do Rio das Mortes (séculos XVIII e XIX)”. Também integra os grupos de pesquisa Laboratório de Estudos em Patrimônio, Paisagem e História (Lappah) e MLBots – Machine Learning and Robotics, na linha de Inteligência Artificial aplicada ao Patrimônio Cultural.

 Uma boa conversa combina com café. Pegue sua xícara e conheça a trajetória de Régis Martins na pesquisa!

Em que momento a pesquisa passou a fazer parte da sua vida acadêmica e profissional? 

A pesquisa se consolidou como uma ação constante durante a minha graduação, aqui no curso de Tecnologia em Conservação e Restauro. Depois, se tornou uma ferramenta de trabalho na minha atuação como docente. De forma estruturada por meio de projetos, a atividade de pesquisa se concretizou a partir do meu ingresso como professor efetivo no Campus.

"A coisa que mais me orgulha e motiva é poder permitir a oferta de bolsas de pesquisas aos alunos do curso de Tecnologia em Conservação e Restauro. Produzir conhecimento é consequência, mas oferecer oportunidades transforma a vida dos outros." 
-- Régis Martins

Poderia citar alguns dos projetos de pesquisa, concluídos ou em andamento, que você desenvolve no IFMG – Campus Ouro Preto? 

Estamos trabalhando com um projeto chamado "Análise Tipológica da Casa Corrente Luso-Brasileira em Ouro Preto", que foi aprovado nos editais 187/2024 (encerrado) e 186/2025 (em curso), do Campus Ouro Preto, e nos editais 31/2024 (próximo de encerrar) e 690/2025 (a iniciar) promovidos pela Reitoria. Estes projetos, no momento, mantêm cinco bolsistas em atividade de pesquisa, sendo um do médio integrado e quatro da graduação.

Os resultados iniciais da pesquisa tiveram apresentação nos eventos do IFMG (Planeta IFMG e Semana C&T) e irá gerar dois artigos, com submissão dos resumos já aprovada, no "5º Seminário de Arquitetura Vernácula/Popular: Matrizes, Apropriações e Regionalismos".

Há algum projeto ou resultado de pesquisa do qual se orgulhe especialmente?  

A coisa que mais me orgulha e motiva é poder permitir a oferta de bolsas de pesquisas aos alunos do curso de Tecnologia em Conservação e Restauro. Produzir conhecimento é consequência, mas oferecer oportunidades transforma a vida dos outros.

Que parcerias ou colaborações têm sido importantes no seu trabalho?  

As principais parcerias são com as docentes que atuam comigo no projeto: a prof.ª Ana Paula de Moraes, colega de curso, e as professoras Patrícia Junqueira e Fernanda Bueno da UFOP, com as quais divido a coordenação do grupo de pesquisa Laboratório de Estudos em Patrimônio, Paisagem e História (Lappah), certificado no CNPQ.

Quais são, na sua opinião, os maiores desafios enfrentados pelos pesquisadores brasileiros?  

Os maiores desafios estão nas condições de viabilização e reconhecimento da atividade de pesquisa. Desenvolver pesquisa requer tempo e investimento, os resultados serão viabilizados a médio e longo prazo. Há nesse caminho uma constante luta para aprovar o projeto em novos editais e conseguir financiamento para as ações.

Que conselho você daria para estudantes que desejam seguir carreira acadêmica e de pesquisa? 

O principal conselho é correr atrás das oportunidades e fazer diferença quando conseguí-las. Tanto a carreira acadêmica quanto a pesquisa exigem perseverança e paciência, é o somatório de oportunidades e a busca por constante qualificação que fazem a diferença.

 


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