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Campus participa de audiência pública para discutir retorno das aulas presenciais em Ouro Preto
O diretor-geral do IFMG - Campus Ouro Preto, Reginato Fernandes, participou na última quarta-feira (23) da 19ª Audiência Pública de 2021 realizada pela Câmara Municipal de Ouro Preto. O debate, promovido em atendimento ao requerimento do vereador Matheus Pacheco, teve como tema: “volta às aulas presenciais: é seguro?”.
A sessão contou, também, com a participação de vereadores, representantes da Secretaria Municipal de Educação, da Superintendência Regional de Ensino, de instituições de ensino locais, de sindicatos do município ligados à educação, além de especialistas em epidemiologia e da deputada estadual e presidente da Comissão de Tecnologia e Educação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Beatriz Cerqueira.
A impossibilidade de retorno presencial das aulas no município foi a opinião compartilhada pelos representantes das instituições presentes, tendo em vista o atual panorama da situação epidemiológica do país e, em particular, de Ouro Preto.
A falta de condições adequadas de infraestrutura nas instituições de ensino também foi levantada como um dos fatores que impedem uma reabertura segura das escolas. O corte em torno de 36% do orçamento do IFMG - o maior dos últimos tempos - foi ressaltado por Reginato Fernandes, o que dificultaria o funcionamento do campus mesmo em condições normais. “Nós temos profissionais construindo bons protocolos de segurança para a retomada das atividades presenciais. A execução deles é outra história. Como nós conseguiremos aplicá-los, sem recursos?”, destacou.
Para o diretor, a pressão da sociedade não deveria ser pelo retorno presencial, mas sim, pelo acesso à vacina. “O fato de estarmos atuando remotamente não significa que não estamos trabalhando. Não temos dúvidas de que, independentemente da esfera - municipal, estadual, federal - professores e técnicos administrativos estão trabalhando muito mais que no regime presencial. Não há grupo mais interessado no retorno das atividades presenciais que os profissionais da educação”, afirmou.
Ainda segundo o diretor-geral, a vacinação em massa, o trabalho conjunto da comunidade e das instituições e a criação de protocolos gerais (tendo dados científicos como referência) serão os balizadores para um retorno presencial seguro das atividades: “Nós, servidores da educação, queremos retornar às nossas atividades presenciais e ao convívio necessário para nossos ambientes. Entretanto, não abrimos mão da segurança para toda nossa comunidade e da preservação da vida - em primeiro lugar.”