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Canteiro Experimental do curso de Conservação e Restauro aproxima estudantes de técnicas e realidades que refletem desafios do mercado
O Canteiro Experimental, uma iniciativa do curso de Tecnologia em Conservação e Restauro do IFMG - Campus Ouro Preto, tem se consolidado como um espaço de aprendizado prático e interdisciplinar. Idealizado pela professora Bárbara Almeida e submetido ao Edital 14/2024 PIBEN, da Pró-Reitoria de Ensino (PROEN), o projeto busca complementar a formação acadêmica dos estudantes, explorando competências que vão além da sala de aula. Hoje, são coordenadores da execução do projeto as professoras Bárbara Almeida, Ana Paula de Moraes e o professor Régis Martins, coordenador do curso.
De acordo com Régis Martins, o principal objetivo do Canteiro é criar um ambiente que promova o desenvolvimento de competências essenciais, ao mesmo tempo em que explora as dimensões social, interpessoal, pessoal e profissional. “O Canteiro Experimental é um local onde os acadêmicos podem desenvolver competências necessárias à futura atuação profissional, que não são reprodutíveis em sala de aula e laboratórios”, explica.
As atividades do Canteiro Experimental são realizadas principalmente no antigo Centro Desportivo Rodrigo Vicente Toffolo, mas também podem ocorrer em outros espaços do campus. Entre as ações desenvolvidas, destacam-se a produção de bancadas para atividades práticas, estudos e críticas sobre publicações que tratam das técnicas construtivas tradicionais na região de Ouro Preto, levantamento e desenhos arquitetônicos do espaço onde funciona o Canteiro e o Mapeamento de Danos do local, além da participação dos bolsistas como monitores durante o Congresso Bienal do Icomos, realizado em novembro de 2024.
Além disso, o projeto também busca aproximar os estudantes de técnicas e realidades que refletem os desafios do mercado. “Estar frente a realidades - como a discussão em nível internacional sobre a preservação do patrimônio ou colocar ‘a mão na massa’ para produzir mobiliários úteis ao seu local de trabalho - oportuniza ao participante refletir sobre qual profissional quer se tornar e como vencer os desafios que o mercado oferecerá”, desta o professor.
A participação como bolsista no Canteiro Experimental é destinada a discentes do curso de Tecnologia em Conservação e Restauro. Como voluntário, há a perspectiva de contar com qualquer pessoa que esteja em cursos de graduação ou técnicos do Campus. O projeto também conta com a colaboração de voluntários externos, como o professor aposentado Ney Nolasco.
Entre os próximos passos, o coordenador do curso ressalta a intenção de expandir o projeto: “O principal objetivo é tornar o Canteiro uma ação contínua e incorporada ao PPC do futuro curso de Bacharelado em Conservação e Restauro, modalidade que substituirá a atual, ofertada como Tecnologia”, afirma. Ainda sobre os impactos para a comunidade acadêmica, o Canteiro Experimental pretende ser um lugar de oferta de oficinas, workshops e eventos, futuramente. A expectativa é que, ao longo do tempo, sejam oferecidas atividades a alunos de todos os cursos do Campus Ouro Preto.
Com planos de ampliar suas atividades para além da comunidade acadêmica, o docente explica que, após a atual fase de implantação do projeto, a ideia é incorporar atividades de extensão e pesquisa, de modo a atender demandas da comunidade e trazer ainda mais oportunidades de formação aos alunos da instituição.