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Estudantes de Mineração exploram Lavras Novas e Antônio Pereira em trabalho de campo

por Tatiana Toledo publicado: 18/03/2025 12h36, última modificação: 18/03/2025 12h36

Turmas do segundo e do terceiro ano do curso técnico integrado em Mineração participaram, nos últimos meses, de trabalhos de campo realizados nos distritos ouro-pretanos de Lavras Novas e Antônio Pereira. As atividades foram coordenadas pela docente Ariana Almeida, em atendimento às disciplinas de Geologia Aplicada e Petrografia.

Lavras Novas:  litologias e estruturas geológicas na Serra do Trovão 

Com atividades realizadas nas proximidades do distrito de Lavras Novas, as duas turmas dos terceiros anos participaram do trabalho de campo ocorrido em 31 de janeiro, que teve como objetivo realizar o reconhecimento de feições litoestruturais do Quadrilátero Ferrífero.

“Os estudantes foram instigados a observar as litologias e estruturas geológicas na Serra do Trovão em Lavras Novas e a relacionar as características das rochas com os processos intempéricos e a formação da paisagem ao redor. Para tal, foram empregadas algumas técnicas de mapeamento geológico, tais como determinação das coordenadas geográficas, medição das estruturas com o uso da bússola de geólogo, interpretação de mapas e perfis geológicos”, explica Ariana Almeida. O trabalho integrou as atividades da disciplina de Geologia Aplicada.

Para a docente, mesmo com o mau tempo, os estudantes tiveram a oportunidade de vivenciar, na prática, o trabalho desenvolvido pelos profissionais da Geologia, além de compreender a grandiosidade da história do planeta Terra.

Antônio Pereira: garimpo de topázio imperial e Gruta de Nossa Senhora da Lapa

Já nos dias 4, 5 e 6 de fevereiro, foi a vez das três turmas dos segundos anos visitarem o garimpo de topázio imperial e a Gruta de Nossa Senhora da Lapa, no distrito de Antônio Pereira. O objetivo do trabalho de campo, realizado para a disciplina de Petrografia, foi reconhecer as rochas e estruturas geológicas presentes na região do Quadrilátero Ferrífero, propiciar discussões sobre a ação do intemperismo na formação do relevo, bem como promover a conscientização ambiental e social sobre as ações antrópicas na paisagem e o aproveitamento de recursos naturais.

“Nesse trabalho de campo, inicialmente os estudantes conheceram o garimpo de topázio imperial, um mineral gema importante para a região. Em Ouro Preto, os depósitos desse mineral encontram-se inseridos em rochas totalmente alteradas, facilitando a sua extração, diferentemente de outras localidades onde o topázio imperial também é encontrado, como na colina de Ghundao, no Paquistão, e na Sibéria, estando esta última praticamente exaurida”, explica a professora. Os estudantes tiveram a oportunidade de conversar e conhecer a realidade do trabalho de alguns garimpeiros. Também puderam observar o método rudimentar de extração da gema, a relação com as rochas no entorno e as alterações antrópicas na paisagem.

Posteriormente, na gruta, o foco foi compreender a relação rochas-estruturas-intemperismo-relevo, além de suas características espeleológicas. “Um amplo debate sobre a importância da preservação desses patrimônios foi levantado também pelos estudantes”, conta a docente.

Para Ariana, a atividade foi relevante para a formação dos estudantes, que puderam observar, na prática, diversos temas abordados em sala de aula, além de favorecer a interação entre a turma.