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Projeto sobre grãos de solos tropicais, de professora do campus, é aprovado em chamada da Fapemig

publicado: 01/08/2025 12h10, última modificação: 01/08/2025 15h53

A professora Caroline Delpupo, da Coordenadoria de Geografia (Codageo) do Campus Ouro Preto, teve projeto de pesquisa aprovado na Chamada 01/2025 da Fapemig – Demanda Universal. 

Intitulada "Insights sobre análises mineralógicas de grãos de solos tropicais: perspectivas de avanços metodológicos a partir da coleção do Banco de Solos de Minas Gerais (FEAM/UFV)", a pesquisa pretende investigar, de forma inédita, a composição mineral e a morfologia dos grãos mais grossos dos solos, como areia, cascalho e calhaus, presentes no estado de Minas Gerais. “Esses grãos podem revelar informações fundamentais sobre a origem, evolução e funcionamento dos solos tropicais, contribuindo para a ciência do solo e para aplicações práticas em agricultura, geotecnia e meio ambiente”, explica a docente.

A proposta nasceu das discussões realizadas no âmbito do Grupo de Estudos em Geografia e Temáticas Ambientais (GEOTA), sediado no campus. O trabalho é desenvolvido em parceria com o professor Alex de Carvalho, subcoordenador do projeto aprovado: “Nós identificamos uma lacuna importante: a baixa representatividade de estudos sobre as frações grossas do solo, que são geralmente subestimadas, mas têm enorme potencial para revelar aspectos genéticos e funcionais dos solos brasileiros. O projeto é fruto direto dessa inquietação científica e do trabalho coletivo desenvolvido no GEOTA”.

A equipe utilizará a coleção do Banco de Solos de Minas Gerais, fruto da parceria entre a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e a Universidade Federal de Viçosa (UFV), que conta com amostras bem descritas e representativas de diversas classes de solos no estado. Segundo a professora, a utilização estratégica de uma base de dados pública e organizada possibilitará o avanço de pesquisas aplicadas, com foco em inovação metodológica e impacto territorial.

O projeto pretende, ainda, desenvolver metodologias acessíveis e replicáveis para análise de grãos de solo, “combinando técnicas tradicionais (como DRX e microscopia óptica) com abordagens inovadoras, como fotogrametria digital 3D e uso de softwares livres para análise de imagens”, detalha a pesquisadora. A proposta também prevê a criação de uma plataforma digital aberta, reunindo os dados mineralógicos e morfológicos dos solos de Minas Gerais, de modo a contribuir para o fortalecimento da ciência aberta e o uso de dados geocientíficos.