Estatuto do embrião – uma controvérsia moderna para o antigo embate ciência x religião
Ciência e religião são tradições que muitas vezes estão em desacordo sobre as explicações para os fenômenos do mundo natural. Para alguns pesquisadores, pessoas de formação religiosa podem desenvolver uma visão de mundo compatível com a ciência. Já outros afirmam que a educação religiosa precoce pode constituir-se num obstáculo para a educação científica, chegando a inviabilizá-la. Propõe-se com este projeto a aplicação e avaliação de uma sequência didática sobre o Estatuto do Embrião, tema controverso que envolve ciência e religião. Pretende-se ainda analisar os efeitos da sequência didática na aprendizagem de alunos do ensino médio do Instituto Federal Minas Gerais – campus Ouro Preto. O tema foi escolhido por ser um assunto polêmico que suscita questões éticas, políticas, religiosas, filosóficas e científicas além de diversos setores da sociedade. Em todos os processos serão utilizados como referencial teórico metodológico a Teoria Ator Rede (TAR), e também o movimento Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS). Durante a aplicação da sequência didática, os registros serão feitos por meio de anotações em caderno de campo e gravações em áudio e vídeo para posterior análise. Espera-se que a atividade proposta contribua para o ensino responsável de ciências, uma vez que um dos objetivos é propor reflexões sobre oportunizar uma alfabetização científica que não implique na perda da identidade cultural dos participantes, mas promova a aprendizagem de teorias e conceitos, mesmo que conflitantes com suas visões de mundo.
Grande Área: Ciências Humanas
Orientador: Míriam Conceição De Souza Testasicca
Co-orientadores: Juliana Roberto De Oliveira, Margaly Parecida de Aguiar Vita, Januária Fonseca Matos e Luana da Silva Freitas